Uma delegação de alto nível da FAU chegou Córdoba para se reunir com as autoridades da Fábrica Argentina de Aviones (FAdeA), para examinar a marcha do complexo industrial a fim de avaliar a permanência ou não dos Pucará na aeronáutica militar deste país vizinho, a qual recentemente recuperou dois exemplares à atividade, sendo o primeiro cliente no mundo a adquirir essa aeronave e é o único que ainda a voa, além de Argentina, não tendo existido um espectro muito grande de compradores (somente Sri Lanka e alguns transferidos para a Colômbia, cujas células foram depois entregues a Uruguai).
Os tópicos analisados pelos visitantes basicamente foram quatro: o apoio da FAdeA ao modelo Pucará para os próximos 5 anos, a remotorização (estimativas de custo e tempo), a transição do velho Astazou ao novo motor PT-6 A 62 e possível destino dos velhos motores com horas ainda restantes e a observação in situ da realidade interna da fábrica.
Como já foi relatado em maio passado, as autoridades da Força Aérea Uruguaia estimam dificílimo que um lote de mais de três A-58 Pucará continue voando, enquanto os problemas para os uruguaios (e parte dos da Argentina) na frota permanecem: falta de componentes de trem de pouso ou peças de reposição, problemas com a cúpula de acrílico da cabina do piloto e os motores Astazou em total obsolescência. A falta de peças componentes e um mal serviço pós-venda afeta todas as unidades, apesar dos enormes esforços em recursos humanos desdobrados no Uruguai para manter os Pucara em vôo. (Javier Bonilla)