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Jueves, 28 de marzo de 2024 Iniciar Sesión Suscríbase

A crise interna leva a indústria brasileira a apostar pelo mercado externo

As novas autoridades da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança / ABIMDE instam a  incentivar as exportações.

A nova diretoria da ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) tomou posse nesta quarta-feira, dia 27 de janeiro, em cerimônia no Comando do 8º Distrito Naval, na capital paulista, apostando a estimular o mercado exterior

Entre as autoridades que prestigiaram o evento e compuseram a mesa estavam presentes a secretária de Produtos de Defesa (Seprod) do Ministério da Defesa, Perpétua Almeida, a deputada federal e membro da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), Jô Moraes, o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista da Defesa Nacional, Carlos Zarattini e Vice-Almirante Glauco Castilho, Comandante do 8º Distrito Naval.

Na ocasião, Sami Youssef Hassuani, que esteve à frente da ABIMDE durante os últimos três anos, passou o comando da entidade para Carlos Frederico Queiroz de Aguiar. Hassuani continua como primeiro vice-presidente da entidade.

A nova diretoria assume para conduzir as ações da instituição para o triênio 2016-2018, com foco no fortalecimento da BID (Base da Indústria de Defesa) e segurança pública nacional, ou seja, continuar influenciando políticas de governo e políticas de Estado que assegurem o papel preponderante do setor, entre elas o orçamento impositivo de defesa, efetivar benefícios tributários decorrentes do RETID e continuar trabalhando o conceito de Empresa Estratégica de Defesa.

O novo presidente da ABIMDE apresentou as metas para o triênio e como a organização está se preparando para contribuir para alavancar os negócios do setor, promovendo o crescimento das mais de 220 empresas associadas em um cenário de retração econômica vivido no Brasil. Segundo Aguiar, com a crise econômica mundial, o empresariado deve buscar o caminho da inovação e da criatividade para manter-se competitivo.

Para a nova diretoria da ABIMDE, exportar não é apenas uma saída para o atual momento. Exportar é uma das três bases de sustentação do setor: mercado interno, exportação e dualidade (mercado civil).

“Há muito falo sobre a inteligência competitiva de Estado, que é basicamente o Estado colocar, de forma transparente e legítima, seus atores para desempenhar um papel de aumento de participação no mercado global. As grandes potências já fazem isso e precisamos começar dando força e ênfase ao Departamento de Promoção Comercial do MD e do MRE, para que, em conjunto com a ABIMDE, possamos organizar missões e esforços governamentais e empresariais em todo o mundo”, destaca Aguiar.

No âmbito das exportações, a instabilidade mundial provocada pelas ações de terrorismo sinaliza pela necessidade de novos produtos e serviços na área de defesa, tanto para a segurança ostensiva quanto para as ações de inteligência. Com isso, a ABIMDE pretende contribuir para que a indústria nacional conquiste cada vez mais parcerias internacionais, permitindo a exportação de produtos de alto valor agregado.

Já para buscar novas oportunidades no mercado interno, a ABIMDE tem apostado na ampliação das atividades da Diretoria de Relações Institucionais, com a implantação de um escritório em Brasília, com o objetivo de ficar mais próximo do Governo Federal e do Legislativo.

O presidente lembra ainda que este ano, apesar da instabilidade econômica, a realização dos Jogos Olímpicos no país será de grande oportunidade para a indústria de defesa, não apenas no Rio de Janeiro, mas também em outras capitais que vão receber a competição, que precisarão oferecer segurança aos turistas, atletas e delegações que se deslocarão pelo país.

“Também vamos trabalhar a sustentabilidade do setor de Defesa, que significa executar ações para que a Defesa e a Segurança Pública sejam compreendidas como um valor de nossa cultura. Muito em virtude de nosso passado de paz, a sociedade brasileira em geral não considera o setor com a relevância devida. Mas devemos trabalhar para mudar esse quadro”, conclui o novo presidente.

(Javier Bonilla)


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