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Características do futuro BPE Turco emergem

(defensa.com) Como consequência do comité das industrias de defesa Turcas SSIK (Savunma Sanayii Icra Komitesi) ter tomado a decisão no dia 26 de Dezembro de 2013 de iniciar conversações com a SEDEF Gemi Insaati para a aquisição de um navio anfíbio para a Marinha Turca dentro do projeto "Havuzlu Çikarma Gemisi", a SSM (Savunma Sanayii Mustesarligi) discute agora com a empresa o contrato para a aquisição e construção do navio, do qual foram reveladas as características iniciais.

A Turquia optou assim por escolher o desenho BPE (Buque de Proyección Estratégica) da Navantia, possivelmente numa configuração muito similar ao L61 SPS "Juan Carlos I" construído para a Armada Espanhola e às duas unidades em construção para a Austrália, os "Canberra" e "Adelaide".

Estima-se que as negociações compreendem os detalhes relativos à transferência de tecnologia para a construção do navio na Turquia e de quatro lanchas de desembarque LCM-1E, e fatores como os custos, financiamento, calendário para a construção, testes e entrega, o envolvimento de empresas Turcas no fornecimento de equipamentos, soluções e serviços, e outros aspetos relacionados com o apetrechamento do navio.

O navio terá um deslocamento de aproximadamente 27.436 toneladas com margem de crescimento, um comprimento de aproximadamente 224.5 metros, uma boca máxima de 32 metros, uma velocidade máxima sustentada de 21 nós e uma autonomia de 9.000 milhas náuticas quando a uma velocidade de cruzeiro de 15 nós. O navio terá capacidade para acolher 1.219 elementos, incluindo os 197 da guarnição. Este incorporará um dique inundável de 850 m2 metros capaz de acolher quatro lanchas de desembarque de equipamentos e quatro lanchas rápidas, duas embarcações de colchão de ar ou duas lanchas de desembarque de tropas, um hangar de 870 m2 de capacidade, uma garagem inferior de carga pesada com 1.290 m2 e outra superior com 1.820 m2 para carga ligeira.

O convés de voo com um tamanho de 4.750 m2 terá seis pontos de toma para helicópteros médios ou quatro para helicópteros pesados, assim como um ponto de toma na proa para uma aeronave de pouso e decolagem vertical do tipo "tiltrotor". A pista de voo é também utilizável por aeronaves de asa fixa com decolagem e aterragem vertical.

A propulsão do tipo elétrica da responsabilidade da Navantia será assegurada por dois motores MAN Diesel & Turbo SE 16V32/40, uma turbina a gaz GE Aviation LM5000 e dois propulsores elétricos azimutais a duas hélices cada um.

O sistema de combate será fornecido pelas empresas Turcas Havelsan e Aselsan por indicação da SSM. A primeira fornecerá uma configuração adaptada do sistema de gestão de combate GENESIS (Gemi ENtegrE Sava? ?dare Sistemi), um circuito interno de televisão, os sistemas de partilha de mensagens, informação, comando e controlo, distribuição e serviços associados de integração. A Aselsan integrará elementos como o armamento, meios de guerra eletrónica, equipamentos de autoproteção, deteção, sensores eletro-óticos, comunicações e navegação.

Para além de estas duas importantes empresas locais, outras menos importantes deverão apetrechar o navio com diversos equipamentos e soluções. O navio anfíbio permitirá à Marinha Turca realizar operações aéreas combinadas, anfíbias, transporte, humanitárias e de resgate com forças nacionais ou internacionais, no território nacional ou no exterior. (Victor M.S. Barreira)

Fotografia: SPS "Juan Carlos I" na sua visita a Istambul em Maio de 2011 (Devrim Yaylali).


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