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Alemanha limitará exportações de armas a regiões instáveis politicamente

O governo alemão quer mudar os requisitos para exportação de armas e impor medidas restritivas, especialmente nas vendas para países com certo grau de instabilidade política.

A proposta de Berlim passou através do ministro da Economia, Sigmar Gabriel, que disse a um jornal alemão que o governo vai manter uma nova política sobre armas muito mais "prudente", sublinhando que a Alemanha deve passar por controles mais "restritivos" naquilo que se refere à exportação de armas . O ministro, que pertence ao partido SPD (Partido Social-Democrata da Alemanha) formando governo em coligação com a CDU (União Democrata Cristã), explicou que a maioria dos contratos que estão sendo fechados atualmente pertencem ao período de negociações entre 2009 e 2013.

A polêmica surgiu nos últimos anos, após a notícia de que uma grande parte das exportações vão para países fora da União Européia ou da NATO, atingindo áreas com um alto grau de instabilidade política. O governo alemão bloqueou recentemente um negócio envolvendo 800 carros de combate Leopard 2 para a Arábia Saudita, cujo valor contratual deveria alcançar a quantia de US$ 24 bilhões (18.000 milhões de euros)  

Em grande parte, a responsabilidade da paralisação do acordo com o país árabe deveu-se a um suposto impacto sobre a opinião pública pelo fato de o governo saudita ter enviado efetivos militares para reprimir protestos sociais de 2011 em Bahrein, um pequeno arquipélago do Golfo, ação que tem atraído diversas criticas da comunidade internacional por ser considerada um ato contra os direitos humanos.

Ainda assim ,segundo a agência de notícias Reuters, a indústria de material militar da Alemanha já havia efetuado transferências de armas durante os quatro primeiros meses do corrente ano por um montante financeiro de US$ 1,6 bilhões. No mesmo período, o valor das exportações para países que não pertencem à União Européia aumentou para 890 milhões dólares (650 milhões de euros), o que representa 54% de todo o material militar transferido para o exterior.

Entre essas transferências, figuram as exportações para Brunei , avaliadas em US$ 132 milhões (97 milhões de euros) , Arábia Saudita ,de US$ 42 milhões (31 milhões de euros) e Argélia ,de US$ 39,7 milhões (29 milhões de euros) soma que forma uma fatia de 13% do total de vendas apuradas em 2014.

O ponto chave para a indústria alemã de material militar fica por conta de que a maior parte dos países membros da OTAN optaram nos últimos anos pela redução de seus gastos militares, situação inversa àquela verificada no Oriente Médio, região que aumentou seus dispêndios com material militar em 54% entre 2004 e 2013, sendo que muitos países daquela parte do mundo miram a Alemanha quando o assunto é modernização de suas Forças Armadas. Somente em 2012 as exportações alemãs para países não pertencentes à União Européia e OTAN correspondeu a 42% do total, enquanto as vendas para essas nações em 2010 era de apenas 21%.

A Alemanha consolidou-se como o terceiro país exportador de material militar em termos globais, repartindo a cota de 7% do total dos negócios desenvolvidos durante o período compreendido entre 2009 e 2013 com fornecimentos correspondentes à negócios efetivados com Estados Unidos, Grécia e Israel como principais destinos. (J Martínez)


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