Em reunião do Conselho de Ministros, um orçamento de 200 milhões de dólares para a compra de radares pela Bolívia, que será o uso civil e militar foi confirmado, de acordo com o ministro da Defesa Reymi Ferreira. O governo boliviano já tinha iniciado negociações preliminares para a compra de um sistema de radar que possa garantir a soberania aérea, tendo contatado para estes efeitos com empresas francesas, italianas, espanholas, chinesas e República Checa, as quais encaminharam ao Ministério da Defesa os projetos e orçamentos solicitados.
Os mencionados projetos e orçamentos apresentados serão analisados nos próximos dias por um comitê formado pelo Conselho Supremo de Defesa Nacional COSDENA, a Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea AASANA, e a Direção-Geral da Aviação Civil, DGAC, cujo parecer e relatório final serão apresentado ao presidente Evo Morales para que uma determinação final seja assumida. Bolívia vai adquirir 17 radares a serem instalados em pontos estratégicos, cuja base de operações e monitoramento deve estar centralizada na cidade de Cochabamba. Esta previsto um período de um ano para que a Bolívia possa recebê-los.
O ministro da Defesa também informou que na reunião binacional com a Argentina recebeu uma proposta deste país para a montagem do sistema de radar solicitado, aspecto que será considerado pelo Comité Interinstitucional, uma vez que o governo argentino planeja lançar um satélite para o ano de 2017 que será um bom servidor para o sistema de radares. Ferreira antecipou que a decisão final será anunciada após o trabalho realizado pelos membros da comissão. O presidente boliviano prevê a assinatura do contrato final com a empresa que seja qualificada e designada pelo Comitê Interinstitucional no mês de novembro deste ano. (Aldo Eyzaguirre correspondente do Grupo Edefa na Bolívia).
Fotografia: Ministro da Defesa Reymi Ferreira.