No âmbito das mudanças decididas pelo MDN, o Estado-Maior do Exército (EME) vai prosseguir com o processo destinado à implementação e entrada em funcionamento nas atuais instalações militares existentes na Vila de Mafra da Escola das Armas, e em consequência desativar a Escola Prática de Infantaria (EPI) de Mafra, a Escola Prática de Artilharia (EPA) de Vendas Novas, a Escola Prática de Cavalaria (EPC) de Abrantes, a Escola Prática de Engenharia (EPE) de Tancos, a Escola Prática de Transmissões (EPT) do Porto e o Centro Militar de Educação Física e Desportos (CMEFD) de Mafra.
Para além de permitir reduzir custos, a medida inovadora poderá fazer com que a formação em áreas especializadas possa ser conseguida com melhores resultados operacionais, já que os diversos cursos serão ministrados numa única estrutura física, permitindo ainda o treino conjunto em diversas valências e a rapidez e eficácia que poderá ser conseguida na partilha de informação e resultados, e sua posterior análise.
A médio prazo, serão necessários grandes investimentos na ampliação e adequação das atuais instalações militares para que estas possam acolher de modo adequado as forças provenientes das escolas praticas extintas.
O enceramento de unidades militares deixará algumas zonas urbanas sem instalações militares, reduzindo assim a atividade económica e social das mesmas. Estima-se que as mudanças foram no entanto pensadas e tomadas de forma a minimizar ao máximo um qualquer impacto negativo que as mesmas possam trazer ao entorno populacional já que cada uma das escolas práticas a extinguir estão localizadas em áreas onde existem outras unidades militares a poucos quilómetros. Victor M.S. Barreira
Fotografia : Grande parte da formação do Exército Português estará concentrada em Mafra (Victor M.S. Barreira).